Perder é um verbo muito difícil de se conjugar na primeira pessoa do singular, principalmente no passado.
Mas saber perder é importante para o crescimento de todo e qualquer esportista.
Não acho justa a crítica realizada pelo francês chorão Renaud Lavillenie, principalmente por comparar-se a um ícone do esporte, Jesse Owens, que enfrentou as mesmas vaias da Alemanha de Hitler.
Só esqueceu ele de um detalhe:
Jesse Owens venceu a competição.
Mais do que isso, venceu as vaias.
A torcida brasileira presente ao estádio Olímpico, nem sequer sabia da existência desse atleta e muitos continuam sem saber que ele é o maior nome da modalidade na atualidade, ainda que tenha perdido o ouro olímpico.
O povo vaiou o atleta francês pra tentar desestabilizá-lo, mas não conseguiu.
Quem desestabilizou o recordista mundial, foi a ousadia e o grande salto realizado por Thiago Braz.
Ali, a casa caiu pro francês que pensou ter liquidado a fatura quando viu que o único adversário a enfrentar pela medalha era um menino que nunca havia saltado mais de 6 metros, enquanto ele detinha os recordes olímpico e mundial, sendo este 6,16 metros!
Ele pode não estar acostumado com isso.
Afinal, não é todo dia que enfrenta um menino que tampouco é conhecido pela sua torcida, mas que tinha o seu apoio justamente por ser só mais um Silva.
Muito se admira ver um francês repudiar uma torcida que vaia, quando em seu próprio hino, a belíssima "La Marseillaise", existe um xenofobismo, em que seus principais jogadores de futebol se recusam a cantar porque diz respeito aos seus antepassados e por esse motivo nem sequer são respeitados por isso.
Ser um campeão é saber reconhecer que um dia, alguem pode ser melhor que você, como o nadador de Singapura que superou a lenda Michael Phelps e nem por isso foi menosprezado pelo MAIOR atleta olímpico de todos os tempos.
Fraternitè? Vai se fud...!
Abraços!